17 de set. de 2025
Quanto custa contratar um arquiteto?
Falar de preço em arquitetura sem contexto é pedir para dar ruim. O valor depende do escopo e de uma série de fatores técnicos. Em vez de “tabelar”, o objetivo aqui é explicar como o preço é formado para você comparar propostas com critério e contratar com segurança.
O que influencia o valor
Escopo do trabalho: estudo preliminar, anteprojeto, projeto executivo, compatibilização, interiores, detalhamento de marcenaria, acompanhamento de obra etc.
Complexidade: terreno em declive, reformas com demolição, prédios com regras específicas, exigências legais.
Metragem e programa: número de ambientes, usos do espaço, nível de detalhamento desejado.
Prazo: cronogramas apertados exigem mais horas concentradas.
Localização e legislação: aprovações municipais, normas do condomínio e exigências técnicas.
Dica: peça que o escopo venha clarinho no orçamento — o que está incluído, o que é adicional e quais são os marcos de entrega.
Modelos de cobrança (sem números, com transparência)
Por metro quadrado (m²): prático para projetos bem definidos.
Por hora técnica: ideal para consultorias, visitas e escopos abertos.
Por etapas/pacotes: separa estudo, anteprojeto e executivo; você paga conforme avança.
Percentual sobre a obra: usado em alguns tipos de contrato quando o foco é gestão e complexidade.
Não existe “certo ou errado” — existe o que melhor encaixa no seu projeto.
O que costuma estar incluído
Briefing estruturado e levantamento de necessidades.
Estudo preliminar (conceito e layout).
Anteprojeto (solução definida).
Projeto executivo (pranchas e detalhes para executar).
Memoriais e caderno de especificações.
Compatibilização com projetos complementares (quando contratado).
RRT (Registro de Responsabilidade Técnica) conforme o serviço.
O que geralmente não está incluído
Taxas públicas e aprovações municipais.
Projetos complementares (estrutural, elétrico, hidráulico, ar-condicionado), salvo se o escopo prever coordenação/contratação.
Mudanças de escopo após aprovações (viram aditivo contratual).
Maquetes físicas, renders avançados e imagens 3D não básicas.
Como comparar orçamentos “maçã com maçã”
Entregáveis detalhados (lista do que você recebe em cada etapa).
Número de revisões previsto em cada fase.
Cronograma com marcos e responsabilidades.
Forma de pagamento por etapas (pagou, avançou).
Visitas de obra: quantidade, objetivo e registro.
Suporte pós-entrega e condições para extras.
Se um orçamento for muito mais barato, verifique se não cortou etapas (especialmente o executivo e a compatibilização).
Contrato: seu melhor amigo
Um bom contrato deve listar escopo, prazos, revisões, entregáveis, política de alterações, RRT e forma de pagamento. Transparência evita ruído — e protege as duas partes.
Como reduzir custo sem perder qualidade
Defina o escopo com clareza no início.
Aprove as decisões conceituais antes de detalhar (muda barato no papel, caro na obra).
Centralize referências (moodboard) para acelerar escolhas.
Considere pacotes por etapas e comece do essencial.
Checklist rápido para pedir orçamento
Objetivo do projeto e uso do espaço.
Metragem e planta (se tiver).
Fotos do local/terreno.
Prazos desejados.
Restrições (condomínio, legislação, orçamento).
Referências de estilo/função (2–3 imagens já ajudam).
Endereço/cidade.
Se deseja acompanhamento de obra.
Como a Isabella trabalha
Briefing estruturado, proposta por etapas claramente definidas, cronograma com marcos, entregáveis listados, número de revisões por fase e RRT quando aplicável. Nada de surpresas — só projeto bem pensado e obra mais tranquila.